Links

PECS (Sistema de Comunicação por Troca de Imagens)

O PECS começa por ensinar uma pessoa a dar uma imagem de algo desejado a alguém, que imediatamente entende a troca da imagem como um pedido. O sistema passa a ensinar a distinção de imagens e como colocá-las juntas em frases. Nas fases mais avançadas, as pessoas são ensinadas a responder a perguntas e comentários.
Este sistema tem sido bem sucedido com pessoas de todas as idades, demonstrando uma grande variedade de comunicação para dificuldades cognitivas e físicas.
A escolha dos símbolos a utilizar deve ser adaptada aos interesses de cada criança, para garantir a sua motivação e facilitar a compreensão, devendo-se trabalhar imagens que ela conheça e goste.
Este sistema possui várias vantagens. Os símbolos utilizados são simples e fáceis de reconhecer o seu significado. São de baixo custo e relacionam-se com uma grande diversidade de situações de vida diária.
A sua utilização pode ser feita em grupo ou individualmente.



Sistema SPC (simbolos Pictográficos para Comunicação)

 


O sistema SPC foi criado por Roxanna Mayer Johnson e por Suzanna Mayer Watt, estando actualmente traduzido em mais de dez línguas.

O sistema gráfico SPC é composto por símbolos pictográficos, isto é, os símbolos apresentados estão relacionados com o desenho das figuras que representam, sendo por isso mais adequado a casos de um nível simples de linguagem expressiva, vocabulário limitado e estruturas de frases curtas. Os símbolos são bastante simples e, sempre que não exista um símbolo para representar uma palavra ou ideia, pode ser criado pelo utilizador, procedendo à sua normalização.
Este sistema integra actualmente cerca de 3200 símbolos, organizados em seis categorias de significação. Está organizado segundo a escala de Fitzgerald. Cada categoria gramatical é representada por uma cor (social: cor-de-rosa; substantivos: cor-de-laranja; adjectivos e advérbios: azul; pessoas: amarelo; acções: verde; artigos e preposições: branco).

O seu objectivo é facilitar a comunicação de pessoas com dificuldade em comunicar oralmente devido a deficiência motora ou auditiva.

O Boardmaker é um programa de computador que utiliza este sistema de comunicação, e contém um banco de dados gráfico contendo os mais de 4.500 Símbolos de Comunicação Pictórica - PCS.



Sistema Bliss

Este sistema foi criado no século XX por Charles K. Bliss e concebido, originalmente, para responder à necessidade de criar uma linguagem internacional para adultos sem dificuldades de comunicação. Como meio de comunicação alternativa e aumentativa foi aplicado pela primeira vez com indivíduos portadores de paralisia cerebral.
O sistema Bliss consiste num conjunto de símbolos gráficos que representam conceitos combináveis de diferentes formas, criando novos símbolos. Apresenta níveis abstractos e níveis concretos de conceitos que permitem que seja utilizado por crianças e adultos com diferentes capacidades cognitiva, permitindo distintos graus de estruturação linguística.

Qualquer indivíduo poderá comunicar com recurso a este sistemas, independentemente dos símbolos lhe serem familiares, uma vez que cada símbolo é acompanhado pela palavra que representa.

No sistema Bliss é de máxima importância o tamanho, a forma e a posição de cada desenho, sendo que estes são considerados na compreensão do seu significado. Tal facto, levou à necessidade de criar uma gramática de referência.


Sistema PIC (Pictogram Ideogram Communication)


O Pictogram Ideogram Communication foi concebido no Canadá por Subhas, C. nos anos 80, tendo como objectivo possibilitar a comunicação e estimular as capacidades de percepção e conceptualização de indivíduos com deficiência mental, que não tinham manifestado ganhos significativos com o sistema Bliss.
Em Portugal é composto por 400 signos, divididos em categorias semânticas (pessoas, partes do corpo, casa, comida, animais…) e apresentados sob a forma de figuras brancas, desenhadas num fundo preto, sendo que a palavra se encontra escrita a branco por cima do símbolo.
É um sistema indicado para crianças que apresentem dificuldades de visão, visto que o branco no preto cria um maior contraste.
Os símbolos podem ser pictográficos ou ideográficos, sendo que estes exigem um maior nível de conhecimentos, aprendizagem e abstracção.
Este sistema tem demonstrado a sua eficácia com pessoas com paralisia cerebral e com indivíduos que não responderam da melhor forma ao sistema Bliss.
A sua maior limitação é o facto de ter um número reduzido de símbolos, condicionando assim a comunicação.


Sistema REBUS
O sistema REBUS possui cerca de 2000 símbolos. O seu funcionamento baseia-se na combinação de signos e de significados dos símbolos, apoiados por uma forte base fonética.
O seu sistema funciona de duas formas. Uma mais simples, utilizando pictogramas para representar palavras ou apenas uma parte delas, e outra forma um pouco mais complexa, que combina os pictogramas com letras, números, notas musicais, entre outros.
Este sistema é constituído por 818 pictogramas e ideogramas que permitem ao utilizador utilizar uma forma alternativa de comunicação.